Presencio na minha cabeça
A tenebrosa luta de titãs.
Espero que desapareça
Esvaecida por palavras vãs.
O cheiro metálico da cidade,
O alcatrão debaixo das All Star
Paradoxo de cumplicidade
Reforça-me o bem estar…
Passam por mim 94 cavalos,
Que doce sussurrar
600 cc de prazer e nostalgia
Como me conseguem perturbar.
Fujo desta gaiola de betão
Montado em alumínio tratado
Envolvo-me numa pura solidão
Na busca de um sonho alado.
Perco-me entre a vegetação,
Pássaros e demais bichos
Estranha e conturbada conjunção
Traz de volta meus nichos.
Perco-me assim nos dias sinistros
Desta estranha devoção
É como uma feira de ministros
Mesmo antes da esperada explosão.
Albano
sexta-feira, 28 de março de 2008
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4 comentários:
É o peso da realidade, o sentir por completo , o bom e o mal , é bom saber o que se quer , é bom . Mas conclui se muitas vezes que o António Variações tinha razão, só está bem onde não se está, só queremos ir aonde não vamos.
Somos assim, eu gosto de ser assim, não insatisfeita nem ingrata como humana , mas querer obter o inatingível.
Não sei quem é o Albano, mas gostei muito. E o teu blog é uma delicia de ler afonso , beijos meus.
Gostei muito de passar por aqui. Foi bom ler o que aqui tens.Não sou tanto como escreveu a Naturezas mencionando Antonio Variações. Eu simplesmente gosto de contrastes. Sinto me bem na cidade, sinto me bem em contacto com a Natureza. Tudo tem o seu tempo de ser vivido e tento viver plenamente cada momento recriando situaçoes e sentires diferentes. Um beijo
Naturezas: O Albano é alguém perdido dentro de mim... ;)
QuartoCrescente: O sabor da vida é nos dado pelo Paradoxo!
;)
Afonso... acho que tens toda a razão... e quantas vezes nos perdemos a tentar deslindar os paradoxos da vida...
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