terça-feira, 6 de novembro de 2007

Perdidos... no tempo.


Tu.

Perco-me no teu olhar,
Ouço os sinos badalar,
Como um pássaro a voar
Só me apetece mergulhar,
Para te poder beijar...

És a minha salvação
A minha única perdição,
Contigo será a comunhão
Em dias que chegarão
Perdidos e sem a razão...

És a minha miragem,
Um quadro sem margem
Um passeio sem passagem,
Que comece a contagem
Para a nossa viagem...

E vagueias dentro de mim,
Percorres-me todo assim
Com esse perfume jasmim
És a flor no meu jardim,
O meu labirinto sem fim...

E eis que chega o final,
De um sonho acidental,
Estória sem a moral
Neste conto ocidental
Tudo menos fenomenal...

Daniel




Isco?

Sinto o teu corpo suado.
Arfas incessantemente.
E agora estou perdoado?
Ainda vais reclamar o presente?

Tudo o que foi, é passado,
Temos de viver o presente
Como um som alterado
Que nos percorre a mente.

Afonso Sade