segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Críticas.

Bato a porta, cega-me o Sol do postigo,
Ponho os óculos escuros e prossigo.
Perco-me na multidão,
Toda junta, toda em solidão.
Sigo para o metro,
Que fica a dois metros.
O centro é destino,
Vamos criticar o Cretino.

Deambulo atarefado,
Em discussão evidente.
Não falo com ninguém...
Quer dizer, é com a minha mente.
Argumento de um discurso azado,
É este o meu melhor aliado
Num percurso que ninguém conhece,
Observo a velha, quase adormece.
Chegou a hora então,
Encontro-me enfrente da confusão.

E a isto chamam arte?
Nada bate em nenhuma parte.
Disfuncional mas erecto
Caminhava, se existisse, até ao tecto.
Obra-prima do delírio,
Para nós mais um martírio...
Toca a criticar.
Desculpe, não tenho tempo para ficar.

Albano

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