terça-feira, 1 de agosto de 2006

Números do presente, Coisas do passado...



Ontem estive a arrumar os livros que se perdem lá por casa!
Dei de caras com um livro que me foi oferecido no dia dos meus ano, no ano passado! Nunca aberto e perdido na “pilha” dos livros que não me fascinam decidi abrir a obra do mestre Pessoa. Li a dedicatória... Sorri... Depois ri... Desculpa, mas só me deu vontade de rir!
Decidi então vasculhar as “Poesias de Fernando Pessoa”. Ainda com as combinações de números a baralhar-me os miolos decidi ver o que escondia a página 2. Nessa página está escrito tudo o que eu sei sobre as mulheres! É uma página em branco.
Mais umas folhas e chego à página 11, “Nota explicativa da primeira edição” Nada de relevante.
Passo então a estas estranhas combinações que me “atormentam” as ideias! O primeiro poema vem da página 92:

[...]

Eu já não sou quem era;
O que eu sonhei, morri-o;
E até do que hoje sou
Amanhã direi, quem dera
Volver a sê-lo!... Mais frio
O vento vago voltou.

Achei piada pois o primeiro verso vem retratar um presente que se prolonga desde a data da dedicatória, que por sua vez pede o contrário deste verso!
Acho piada a este culminar de situações que no combinar nos mostram que nos combinamos! Este desvendar do que se passou quando estava na nossa frente o futuro sem que nos apercebesse-mos de tal! È nestas associações que descobrimos que já poderemos saber o que iremos viver, basta saber onde procurar!

Eu não quero procurar, prefiro parar e olhar para trás. Combinar o passado com o presente. As “deduções” ou chamando-lhe um nome mais adequado, diarreias mentais, são mais interessantes de se desvendar! Que interesse tem em se saber o que se vai passar?

I never felt sorry for anything!

P.S: Hoje ficamos pela pag. 92, prometo em breve transcrever a página 113 e 96, para começar.

2 comentários:

BadSeed disse...

Não interessa saber o que se vai passar. Aliás, mutias vezes dou por mim a tentar compreender, o que se passou, o que falhou, como resultou... Continuo nos meus 5, 6 anos: gosto de porquês!

Anónimo disse...

Fernando Pessoa é sempre bom gosto!!! Muito bom gosto!!