quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Horas absurdas que teimam em não passar!

Hora Absurda
Fernando Pessoa

(...)

O que é que me tortura?...Se até a tua face calma
Só me enche de tédios e de ópios de ócios medonhos...
Não sei... Eu sou um doido que estranha a sua própria alma...
Eu fui amado em efíge num país para além dos sonhos...

Perdido no tempo que tenho para nada fazer, leio! Decidi começar pelo início, e do livro de Pessoa li a “Hora Absurda” e a “Chuva Obliqua”. Mas por me fascinarem as associações decidi ler a página referente ao ano do meu nascimento.
Pag. 82:

(...)

Sinto que sou ninguém salvo uma sombra
De um vulto que não vejo e que me assombra,
E em nada existo como a treva fria.

Fernando Pessoa

Sinto-me um pouco, é certo, mas o que me seduziu foi o facto de que só hoje reparei, pois nunca tinha parado no ano do meu nascimento, que a soma da divisão em duas partes do meu ano é igual entre si! 1982 isto é 19 e 82, ou seja 1+9=10 e 8+2=10.

Deixando as somas e passando às multiplicações temos 10*10=100
Pag. 100

PÕE-ME as mãos nos ombros...
Beija-me na fonte...
Minha vida é escombros,
A minha alma insonte.

Eu não sei porquê,
Meu desde onde venho,
Sou o ser que vê,
E vê tudo estranho.

Põe a tua mão
Sobre o meu cabelo...
Tudo é ilusão.
Sonhar é sabê-lo.


Fernado Pessoa

Como já se faz tarde cesso por aqui as minhas “COISAS”, mas ficam em vista novas combinações, que espero que conduzam a poemas tão certos quanto estes!

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