quarta-feira, 10 de maio de 2006

Limites...

Por que razão só me sinto bem a tocar os limites?

Desconheço esta razão, mas o que é certo é que só tenho a sensação de que estou vivo quando me levo ao limite ou levo a máquina ao limite!

A cada dia que passa sinto a necessidade de procurar um novo limite para bater! Por vezes isso sai caro, principalmente quando me distraio e salto os limites por fracções de segundos que se tornam dispendiosas...
Felizmente só me aconteceu uma vez, quando levado pelo sangue fresco na guelra (mota nova), colado à traseira de uma CBR 900 ultrapassei o meu limite de aselha e não fui capaz de deitar-me o suficiente para curvar... Resumindo fui ao chão e fiquei sem a Hornet durante um mês! Mas duas semanas depois de a ter de volta já andava a curtir derrapagens à saída das curvas...



No fim-de-semana passado num “passeio” de BTT, onde levava uma bicicleta emprestada, não fui capaz de resistir às descidas fabulosas de Portalegre e atirei-me como um desalmado pelos trilhos dito perigosos! Inconscientemente por não ser minha a bicicleta, mas consciente dos limites que ela traçava! Só assim senti o bater da pulsação, o escorregar dos pneus, o colar-me na traseira dos colegas que sentiam a necessidade dos travões em zonas onde só me apetecia pedalar...

Será que é esta busca pelo risco, o roçar o limite da máquina, os meus próprios limites que me fazem sentir vivo? Passo os dias a pensar nas voltas que se avizinham, dos limites que podem ser tocados...

Bem, o que é certo é que é isto que pretendo, a vida no limite e não o limite da vida!

Até quando é que conseguirei aguentar? Não me interessa nada, desde que tenha tocado o máximo dos limites...

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