domingo, 15 de junho de 2008

Deep... into something.


Secam-se as palavras no desprender dos lábios...
Repetem-se as perguntas na espiral do tempo.

Estou cansado de futilidades
Ninguém me vê... e eu agradeço.

Ignoro perguntas... as respostas cortam,
O abstracto é tão mais real.

18 comentários:

Pedro disse...

Eh que giro! Temos aqui um gnóstico. Desenvolve lá essa da espiral do tempo - um reavivar do Pastor de Hermes, um novo corte no mito do Génesis, uma interpretação do eterno retorno, um rasgo através do daisen, é o quê afinal? E sendo a espiral uma ilusão de movimento, é então o Tempo estático? Bom, Parménides, na ausência da Audi, deslocava-se na diligência das musas - os deuses nunca se fartavam de futilidades e o Ser permanecia uno. Também agradecia uma elucidação acerca do abstracto: sendo a abstracção, em termos genéricos, uma expansão do objecto, reduzindo-o assim a uma mera ideia, na formulação "o abstracto é tão mais real.", não consigo compreender como é que, desprovido de concrecto, um objecto da realidade, mesmo onírico, se torna mais ou menos real. Muito obrigado.

l.laranjo disse...

Pensamentos e mensagens à parte (teremos tempo para isso, com umas minis e uns tremoços à frente quando te dignares a me visitar no alentejo), gosto do desvio musical que tens desbravado ultimamente :)

Um grande abraço mano.

I.D.Pena disse...

Gostei do som ... afonso
:)
a realidade às vezes é abstracta quando se experimenta viver o que não é real
Bjs

@n@bel@ disse...

Melhoraste o teu gosto musical...ena...ena :P

Jade disse...

Caro Afonso,
"Deep Blue" de RL, surpreendes-me!!
Que estado de melancolia é esse? Stress??
-Agora!Será que o abstracto é um objecto ou uma coisa? Não será o conceito uma representação intelectual de um objecto?Será que ele nos leva à compreensão de uma coisa, de algo que sempre será e nunca deixará de o ser? A coisa é real?
;)
Beso

Joana disse...

"Ninguém me vê... e eu agradeço."

eu tambem ;)


*bjinho

Afonso Sade disse...

Pedro: Obrigado pelo extenso comentário, mas não há necessidade de se questionar tudo, acho eu.

A espiral do tempo pode ser vista como um sem fim estático de movimentos perfeitos, tudo depende da escalar em que o vemos e principalmente da referência inicial que escolhemos, deste modo e=mc^2, ou seja, tudo é relativo.

Qto aos deuses... não questiono a sua grandiosidade, mas sou incapaz de me comparar a paganismos...

Em relação ao abstracto, é visto no sentido figurado como algo de difícil compreensão, algo obscuro. Também aqui depende do leitor a interpretação que lhe quiser dar, mas aconselho a fugir da generalidade.

;)

Afonso Sade disse...

Mano: Conto com esse serão para um dia destes... mas só qdo despachar a parte curricular toda.
Qto ao desvio musical, Rodrigo Leão sempre me fascinou principalmente depois de ter deixado os Madredeus.

;)

Afonso Sade disse...

Jade: Filosofias à parte o estado era de exaustão...

;)

Bjo

Pedro disse...

Evito abordagens estéticas ou de valor. Só quero saber o seguinte: Desde quando é que o Tempo é pagão? Desde quando é que se diz, tudo é relativo mas não se deve questionar tudo? Desde quando é que o abstracto é isso que descreveu? Temos aqui um breakthrough fantástico na filosofia, política e metafísica ocidental conseguido em poucas linhas? Obrigado

Afonso Sade disse...

Acho que devia ler as coisas num estado sóbrio, qdo é que disse que o tempo é pagão? Leia-a de novo, está-se a perder nas interpolações para a filosofia.

Tudo pode ser relativo sem termos necessidade de questionar tudo. O problema é qdo nos fincamos num só ponto de vista. Aí tudo tem de rodar em torno de um eixo, e o que não gira nesse eixo é mal interpretado, fiz-me entender?

Se calhar estamos a olhar para uma coisa de pontos diferentes e com isso esperamos respostas diferentes.

Não gosto de entrar em discussões. Fique com a sua ideia, eu guardo a minha, e quem quiser que tire as ideias que pretender.

Pedro disse...

O que é que o meu estado, por acaso sóbrio, tem a ver com isto? O que é que a possibilidade de eu estar ébrio, ainda é cedo para tal, influi na sua ignorância, na sua atitude poser, no seu desconhecimento de Parménides, do movimento relativista, da sua fraca composição poética, parca em forma e vazia de sentido? Interpolações pela Filosofia? Nada disso, apenas achei que este poema era uma merda, mas ainda tentei falar com sua excelência, um exercício que me divertiu muito: apanha-se primeiro um idiota do que um Audi na CREL.

Afonso Sade disse...

Qto à sua opinião, ninguém a pediu, não sei se deu por isso. Qto à minha ignorância relativamente a Parménides, confesso-a, o meu nome não é enciclopédia, por isso há mto assuntos que desconheço.

Qto à fraca composição poética... se calhar é porque isto não é um poema, são ideias que deixei ficar. Normalmente assino os poemas.
E se são fracos para si podem ser mto fracos para outros e para alguns intragáveis, mas isso a mim passa-me ao lado. Há poucas pessoas que merecem a toda a minha atenção no que toca a críticas e opiniões, a sua não é uma delas, temos pena.

Idiota, confesso-o não na totalidade apenas parcialmente, mas graças a isso e às ideias que surgiram nos últimos tempos, os projectos terminam e dão lugar a linhas de produção. Que Deus me mantenha a idiotice, pois é esta que me serve de sustento.

Qto à sua vaidade e pretensiosismo deixo-os fluir por estas páginas. Acredito que tenha necessidade de se evidenciar na blogosfera, atitude comum em pessoas medíocres no dia-a-dia...

Já agora, qual é a obsessão pelo Audi?

l.laranjo disse...

É interessante ver como os pseudo-filósofos (ou Filósofo se preferir) se exaltam com tamanha facilidade, procurando, com um discurso rico em palavras (que não passam disso) e fraco em sentimentos (que é o que trata acima de tudo a exaltação) tentar demonstrar como está profundamente revoltado com as palavras que os outros lhe dirigem e não lhe agradam tanto. É nestas alturas que fico muito feliz por não ter enveredado por uma licenciatura em filosofia (que esteve quase a acontecer), pois arriscaria-me a embrutecar emocionalmente e não é isso que queremos, pois não?

Um bem haja a todos.

Pedro disse...

Só me dão trabalho, lá tenho de eu de responder. Ainda por cima a dois, trabalho a dobrar, mas pronto. Epá por mim, do curso de Filosofia sei pouco, não frequentei, nem tenciono frequentar. Não tenho nenhuma obcessão com a Audi: se a minha personalidade fosse como a sua, postava dois relógios que pagavam esse carro - sem que o papá ou a mamã pagassem - e por acaso, o carro que tenho ofereceram-me como prémio. Se a sua idiotice compensa, terá de ver o mérito que atribuiram à minha medíocridade numa certa cidade da costa oeste americana. Pronto e agora já me podem chamar vaidoso, arrogante, prepotente e outros que tal. Porque, no fundo, sou igual a vocês - mas com mais sucesso.

l.laranjo disse...

Eheheh, lançam-se umas palavritas e servem logo de teaser. O ser humano é interessante muito interessante mesmo. E previsível também.

Ah, e muitos parabéns pelo seu sucesso.

... "Sucesso" ... Dava mais uma discussãozita, não dava? Bora lá?

Mas pronto, como dois "contra" um é injusto, dou a minha participação por terminada (até ver, que é como quem diz, até novo teaser).

Afonso Sade disse...

Obrigado mano, mas não havia necessidade de estares a perder o tempo.

Qto a si Pedro, acho que já lhe dei demasiada importância e atenção.

O Audi está ser pago por mim, apenas requeri à ajuda dos meus pais porque os juros que eles me cobram são bem mais baixos do q os dos Bancos, mas isso será um problema meu, algo com que não tem de se preocupar.

Qto ao sucesso... depende sempre do pto de vista, se calhar encontra-se numa área na qual eu não queria ter sucesso.

Fico-me por aqui.

I.D.Pena disse...

lol