terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Na Terra do Nunca.

Vagueio pelo nevoeiro serrado do meu pensamento
Onde as ideias se confundem com os sonhos
E os sonhos se transfiguram em vultos surreais.

Vagueio por estes terrenos confusos sem destino
Perdido nas filosofias de pensadores anormais
Confundo-me com as criaturas, pensando demais...

Não sei o que sou, ou sequer se sou...
Perco-me na imensidão de hipóteses,
Encontro-me quando sozinho.

E percorro assim a Terra do Nunca, sem Peter Pan
Continuo sem um sininho para me orientar,
Uma fada que seja, algo que me faça encontrar.

Desconheço o meu destino, o fado do desconhecido
Mas também qual o interesse de saber o amanhã
Com certeza que vai ser igual ao hoje.

Abre o livro da Fantasia, lê as páginas da vida,
Nunca digas Nunca na Terra do Nunca – disseram-me
É aqui que o destino se traça, sem pressas.

Sigo então em direcção ao mar,
Só ele me pode salvar deste sofrimento.
É nele que encontro o meu alento.

Termino assim na praia a minha conquista,
Leve no pensamento, cansado na vista.
Aguardo paciente um barco que me resista!

Afonso Sade

1 comentário:

Joana disse...

Vcs gajos e a vossa veia de Peter Pan :P

ta mto giro... parabens!

*bjinhos*