quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Com as Coisas nas férias...


Scorre lento il mio tempo

Perdido no excesso de tempo e na falta de inspiração vejo que só dou valor às coisas quando não as tenho por perto...
Mas é na ausência de algumas “coisas” que me sinto realmente vivo... não um espectro do que deveria ser!

Why is the clock even running if my world isn’t turning?

Porquê a necessidade de se querer mudar as pessoas? Serão isto influências do país retrógrado que temos? Ou será mesmo esta mentalidade antiquada que nos é incutida desde que nascemos?
Cada vez estamos mais “avançados”, mas há sempre algo que nos prende a essa víscera mais “pura e puritana” que está incutida no nosso ser!

Há alturas em que acho que conheço as pessoas erradas! Sempre que rola alguma coisa acabamos por nos descobrir melhor, e isso seria bom, não fossem as discrepâncias de gostos, as atitudes ou então determinados comportamentos que para uns são perfeitamente normais, mas outros acham-nos demasiado provocatórios ou inapropriados. Mas para mim a mais engraçada foi quando me pediram para esperar que fosse embora, pois era “má onda” se as colegas soubessem o que se passava!

O medo dos rótulos persegue as pessoas diariamente! Por vezes é o nosso inconsciente que toma esse papel fazendo com que nós o representemos na perfeição sem sequer dar por isso! Outras vezes as pessoas lidam com eles de frente, e alimentam a fobia, sem se aperceberem de que só chamam mais a atenção levando a que outros, se calhar inconscientes, os rotulem por aquilo que eles mais medo têm, mas na realidade os traduz na perfeição!

A grandeza das coisas está na sua simplicidade, já dizia o pensador!

Então porque que arrisco eu em meter-me com pessoas complexas? Será o fascínio da troca de ideias? A partilha de pensamentos que até então julgávamos absurdos até serem ouvidos por uma voz diferente da nossa!
Mas para esta partilha continuar há necessidade de uma relação? Porquê atarmo-nos quando nos pudemos tornar mais livres do que passarinhos? Não há ninguém que partilhe sem ter de se “registar”? Porque a necessidade de partir para algo mais sério cada vez que se torna mais intima a relação? O facto dos bons amigos não consegue ser o alicerce desse relacionamento?

Pode ser de mim, mas nunca gostei de relações! Sempre me perseguiu e persegue esta “fobia”. Cada vez que as coisas se tornam mais envolventes há como que uma necessidade de as pessoas ouvirem várias e repetidas vezes conjugações das palavras “gostar, ti, muito...”

Por vezes as pessoas iludem-nos e nós deixamo-nos ir... Assim acabamos por tomar decisões das quais mais tarde nos “arrependemos”!

A hyperfast reaction is playing with me, I'm so confused but I knew I could hold on, just a lack of experience, just a lack of pride that makes me blind againCristina Scabbia

3 comentários:

BadSeed disse...

A parte boa de nos deixarmos ir e depois nos desiludirmos é reforçar o sentimento quando encontramos alguém que que não nos desilude... O arrependimento, a surgir, que seja pela falha da experiência e não pela sua ausência. E seja como for, há quem não se canse de defender que a diferença entre o Amor e a Paixão, é a duração do sentimento de ilusão. Será!?

Anónimo disse...

Pois eu acho que a discrepância de gostos, as desilusões e os desencontros, as boas e as más experiências é que nos definem. Eu sei quem sou e como sou porque te conheço e sei que não sou como tu, nem como o Pikeno, nem como Jojo.Sem rotular, somos tds bem diferentes entre nós, mas não me parece que nenhum se sinta julgado por isso.Arrepende-te sempre do ue não fazes e aperfeiçoa-te com o que vais fazendo!E deixa as opiniões alheias de lado...

Afonso Sade disse...

Meus, menino e menina, ao colocar o "arrependemos" estre aspas não quero dizer que me arrependo totalmente! Arrependemos-nos de mtas coisas, e como já vos disse, prefiro arrepender-me do que fiz relativamente ao que não fiz!
Desculpem se vos baralhei ;)!